domingo, 28 de julho de 2013

Perambulando


A noite estava chegando,  este era o momento em que a terra recebia a sua frieza, junto dele meus olhos iam se fechando lentamente, sentia meu coração batendo muito forte, minha cabeça estava lembrando aos poucos os problemas que vinham me atormentando durante o dia, me virei de um lado para o outro na tentativa de cair em  um sono profundo, mas a única coisa que caiam, era as lagrimas
 a cada minuto que passava, um ódio crescia dentro de mim, me sentia a pessoa mais suja do mundo, o ser humano mais inútil, de certa forma estava me sentindo assim pois na noite passada a pessoa que eu tanto valorizava e tanto amava me deu um adeus seguido de uma traição, um amor não recíproco a palavra certa, o travesseiro me incomodava quando deveria me confortar, olhei para a janela  e vi apenas uma estrela, me associei, um brilho tão forte e intenso mas ali sozinho estava, queria me jogar daquela janela,mas  os bons momentos que passamos juntos me veio a cabeça e a única coisa que fiz foi  cair em um choro profundo.
Minha cabeça estava em delírio, já não sabia ao menos o que fazer, sai da minha casa em busca de paz, em meio às ruas eu me perdi, andava vagando sem rumo e sem destino, foi quando de longe avistei um bar, talvez aquele lugar eu pudesse me esconder atrás de alguns dos vícios que eu tinha, logo que cheguei pedi um charuto e um uísque, aquele seria o momento em que eu queria esquecer os problemas.
Olhava  para traz e via aquelas mulheres que só estavam ali em busca de sexo por dinheiro, mas não era isto que eu queria, olhei para esquerda e vi um casal, estavam conversando, pareciam estar muitos felizes, mas de certa forma sabia que aquilo não passava de um homem que queria matar sua sede de prazer, a bebida estava me saciando , os copos de bebida que já havia tomado estavam me deixando um pouco sonolento, quando pedi mais um uísque me veio um pensamento psicopata ,  bebi rapidamente minha bebida  e  fui perambulando   em busca deste desejo maníaco .
Eu  estava louco, não sabia ao menos o que era certo ou errado, não conseguia controlar meus sentimentos muito menos meus movimentos,estava perdendo  meu contato com a realidade, seguia em  frente com um ódio extremo, ira constante, dava gargalhadas sem motivos. Quando me dei conta, estava saindo da minha própria casa, com uma faca tomada  pelas minha próprias mãos, meu espírito e meu corpo estavam  sendo vestido pela  malignidade, depressão e psicose,  como  um piscar de olhos eu estava no quarto da pessoa que me fizera o homem mais feliz , olhava seu corpo que sobre a cama estava e me aproximava cada vez mais perto,  fui ao lado esquerdo onde   estava debruçada sobre o travesseiro e paralisei ao teu lado e contemplei  aquele rosto cujas curvas eram perfeitas, meus olhos brilhavam no meu objetivo, respirei fundo e apunhalei suas costas. Embriagado matei , sorrindo me suicidei.

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